Campo Grande (MS) – O Governo do Estado está unindo esforços para resolver a questão da distribuição do gás natural para a futura termoelétrica que será construída no município de Ladário. Em reunião na tarde desta quarta-feira (25.10), o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, o diretor-presidente da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGAS), Rudel Trindade, e o ministro de carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson, se reuniram na Companhia para tratar da questão do gás natural.
De acordo o secretário Miglioli, como o fornecedor do gás natural é a Bolívia, esse fato dá viabilidade ao projeto, pois está ao lado da planta da termoelétrica. “A questão do fornecimento de gás boliviano é a última coisa que temos que resolver. Teremos uma reunião na segunda-feira próxima com a equipe da Bolívia para tratar justamente dessa pauta”, explicou.
Ainda segundo Miglioli, já há uma um grupo da Bahia interessado, que já tem projeto consolidado e licença ambiental, e está apto a participar do leilão que acontece no dia 20 de dezembro próximo. “Só resta mesmo resolver o fornecimento do gás natural”, frisou.
O diretor da MSGÁS falou sobre a questão do gás natural para a futura termoelétrica. “Quando você está na divisa boliviana com o Brasil, há o que chamamos de ‘city gate’ que é uma instalação de distribuição de gás natural. Deste local deriva o Gasbol que vem para o Brasil, e nós MSGAS, temos um gasoduto que parte desse ponto e vai até a divisa de Corumbá e Ladário. A nossa negociação é para viabilizar um fornecimento do gás natural boliviano exclusivo para a termoelétrica”.
Negociação
Sobre a negociação entre Brasil e Bolívia na próxima segunda, em Brasília, o ministro Parkinson acredita que estando o governador Reinaldo Azambuja, o presidente Evo Morales e os ministros de energia e de hidrocarburos, a negociação possa ser formalizada.” A ideia é que diante da presença em fortalecer o relacionamento com o Brasil, o ministro correspondente faça uma manifestação de interesse em fornecer esse volume de gás”. Estão previsto em projeto o consumo diário de 1,2 milhão de m3 de gás natural.
Para o secretário de Infraestrutura, a termoelétrica representa um grande investimento para Mato Grosso do Sul, além de desenvolvimento que trará para o Estado, da geração de empregos diretos e indiretos, a MSGÁS e a Sanesul serão alavancadas. “Essa termo vai representar um salto para Sanesul no consumo de água, serão 290 m3 / hora. É importante esclarecer que esse volume de água em nada irá atrapalhar a distribuição para o Estado, pois será construída um estrutura de captação independente para a termoelétria, ou seja, não afetará o volume de distribuição dos municípios do entorno”, finalizou.
A termoelétrica
A usina termelétrica terá capacidade para gerar 267 MW de energia, suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes. Estão estimados investimentos da ordem de R$ 900 milhões.
Raquel Pereira – MSGÁS
Foto: Lene Fernandes MSGÁS