Campo Grande (MS) – O grupo de trabalho da Rota Bioceânica iniciou o encontro na tarde de hoje (28), no Hotel Deville, na Capital, com apresentações sobre as recentes iniciativas para implantação do corredor rodoviário entre o município de Porto Murtinho e os portos do Chile. “Essa Rota é um dos principais projetos de infraestrutura de Mato Grosso do Sul e acredito que ela colocará o Estado definitivamente dentro da logística nacional”, disse o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, representante de MS dentro do grupo de trabalho.
Através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram apresentadas algumas concepções estruturais de pontes, as visitas técnicas realizadas recentemente e as estimativas de custo da estrutura que ligará o Brasil e o Paraguai na Rota. “O Governo brasileiro através do Dnit mostrou a sua parte, assim como o Paraguai também apresentou suas alternativas. O interesse em construir a ponte já foi firmado através de acordo binacional em junho passado e estamos elaborando a minuta para ter a aprovação do Senado Federal. Quando tivermos a parte legal concreta, dai sim partiremos para licitação”, explicou Miglioli.
Ainda de acordo com o secretário, a estrutura que ligará os dois países deverá ter 600 metros e receber investimentos da ordem de R$ 120 milhões de reais, a serem divididos entre os dois países.
Também foi apresentado durante as primeiras horas do encontro, a situação da infraestrutura viária da Província de Salta no trecho entre Misión La Paz – Tartagal- Salta; a atualização das melhorias dos trechos rodoviários do Chile; a licitação do trecho Carmelo Peralta-Loma Plata e de Cruce Centinela Mariscal Estigarribia- Pozo Hondo.
Também foram abordados temas como o corredor mesoamericano de integração: lições aprendidas e o Sistema Unipassa, uma sistema sul-coreano de sucesso, onde foram abordados os pontos positivos do sistema e os principais entreves. Para a administradora do serviço de alfandega da Coreia do Sul, Young Ki Mim, é possível que o modelo obtenha sucesso caso seja implantado na Rota. “É um modelo que já deu certo no Equador. Acredito que possa funcionar nessa rota, com as devidas adequações a realidade local”, disse.
Texto: Raquel Pereira
Fotos: Moisés Silva