Campo Grande (MS) – Alunos do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) deixaram as salas de aula para conhecer as instalações do Aquário do Pantanal, maior empreendimento turismo-científico da Capital. A visita técnica aconteceu nesta terça-feira (1.10) e foi organizada pelo professor da disciplina de “Materiais da Construção Civil” com o objetivo mostrar aos futuros profissionais os materiais não convencionais utilizados na construção do Aquário.
Formado em física, o professor e mestre Julio Ferencz explicou como é importante proporcionar aos alunos o contato com os diversos tipos de materiais desenvolvidos para a construção civil. “Minha especialidade é desenvolvimento de materiais. Na minha disciplina sempre tentamos levar os alunos para ver como as coisas são feitas, como são produzidas e como os materiais não convencionais são utilizados. E aqui nessa obra o que mais temos são materiais não convencionais. O local me surpreendeu”, disse ele se referindo às matérias-primas encontradas na construção, entre elas as imensas estruturas de acrílico utilizadas nos tanques que abrigarão os peixes.
O professor conta que a sugestão da visita surgiu de um dos alunos. Os estudantes, a maior parte matriculada no 6º semestre do curso, gostaram da ideia e o professor encaminhou um ofício formalizando o pedido antes que as obras fossem retomadas – quando não será mais possível receber grupos. Os alunos fizeram o percurso completo da visitação, acompanhados de um dos engenheiros da equipe técnica, e puderam tirar dúvidas sobre materiais, estrutura e outras especificidades do empreendimento.
O andamento da obra está mais adiantado do que imaginava o aluno Matheus Ribeiro de Oliveira, de 24 anos. “Achei que tivesse menos coisa pronta do que realmente tem. Está melhor do que eu imaginava”, confessou ele. Como futuro engenheiro, Matheus disse que a parte estrutural foi o que mais chamou sua atenção, incluindo as estruturas metálicas: “As estruturas, sem dúvida, são o que mais me chamaram a atenção. Tem que ficar pronto logo porque vai ser muito positivo para a cidade e para o Estado”, pontuou.
Quando a obra começou Luana Karoline, de 20 anos, ainda estava na escola. Hoje, já na Universidade, ela reconheceu a visita como uma oportunidade bem peculiar. “Eu ainda estava na escola quando a obra foi iniciada. Nunca pensei que poderia visitar o Aquário nesta fase. Poder conhecer os detalhes técnicos é sensacional”, disse.
Quanto às especulações de transformar o local em outro empreendimento, Luana é categórica. “Nós que já somos da área sabemos que não é possível transformar esse local em qualquer outra coisa. A estrutura foi totalmente construída para ser um Aquário. O gasto com outra possibilidade seria imenso. Para Campo Grande essa é uma obra faraônica. Para nós, que sempre fomos corredor para outros pontos turísticos, o Aquário é muito significativo”, completou.
Sobre o Aquário do Pantanal
Instalado no Parque das Nações Indígenas, principal cartão postal de Campo Grande, o centro de pesquisa contará com 32 tanques (24 internos e oito externos) da ictiofauna pantaneira (peixes e répteis), mais de 5,4 milhões de litros de água e um sistema de suporte à vida com condições reais do habitat. O objetivo é fazer do espaço um centro de referência em pesquisas e, para isso, o empreendimento também terá um museu interativo, biblioteca, auditório com capacidade para 250 pessoas, sala de exposição e laboratórios de pesquisa para estudantes, cientistas e pesquisadores.
Texto: Luciana Brazil (Secretaria de Estado de Infraestrutura).
Fotos: Moisés Silva.