O secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, Eduardo Riedel – a convite dos representantes de diversas instituições do setor produtivo, ouviu as principais demandas dos segmentos severamente afetados pelo coronavírus. A reunião foi realizada na noite desta segunda-feira (17.05) na sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), com a presença também do Secretário da Semagro, Jaime Verruck.
O Movimento chamado ‘Em Frente MS’ uniu empresários de diversos portes e segmentos. “Sabemos que não é fácil, neste ano e meio de pandemia, equilibrar saúde e economia, mas é preciso adotar medidas que já não podem esperar. E o Governo do Estado tem atuado para equilibrar não apenas a parte econômica, mas também a saúde das pessoas e a área social, destacou Riedel”.
Na reunião, com todas as medidas de biossegurança necessárias, os empresários relataram as maiores dificuldades vividas e as medidas que podem surtir efeitos. Ao final, Riedel listou três principais pontos a serem avaliados: “De maneira geral, precisamos tomar em conta questões que envolvem crédito, horários e tributária. Vir aqui hoje, ouvir as demandas, apresentar o que já foi feito e analisar o que precisamos fazer. É essa a missão: sentar à mesa com quem emprega e com que está sofrendo imensamente com os impactos de, muitas vezes, ter que fechar as portas para salvar vidas. Juntos vamos encontrar soluções e alternativas para amenizar e buscar a recuperação”, salientou Riedel.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a iniciativa cumpriu o propósito de apresentar as demandas. “Aqui em frente da Fiems, por exemplo, iniciamos a testagem em massa procurando referência para saber como está a pandemia”. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa, falou da missão do poder público na tomada de decisões para controle da doença: “Temos que alinhar cenários e neste objetivo todos devem ceder em algum sentido”.
Também participaram do encontro o presidente da Faems, Alfredo Zamlutti; da Abrasel, Juliano Wertheimer; o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça e o presidente da Assembleia Legislativa de MS, deputado estadual, Paulo Corrêa.
Desabafo
Seja na questão dos impostos, seja em relação ao uso do transporte público, os empresários relataram suas dores durante os últimos dezoito meses em que a pandemia resultou em enormes problemas financeiros para suas empresas. Em comum, o sentimento era da retomada econômica.
“Às 20 horas não tem janta. Quando o toque vai para as 22h eu consigo direcionar meu público e ter fôlego para condicionar minha equipe”, afirmou Eduardo Rejala. A empresa da família de Bruna Da Costa tem mais idade que ela própria e nunca viveu uma crise assim. A pizzaria do seu pai Paulo é uma das mais tradicionais da cidade, com 36 anos de história: “Sei que a isenção de impostos é inviável mas poderiam ao menos reduzir. Nós empresários estamos atuando da forma mais correta possível”.
Após a reunião, os secretários irão levantar as demandas para a elaboração mais eficiente de um plano de retomada que será aprendendo ao governador Reinaldo Azambuja. “Serão apresentadas uma série de medidas assertivas para garantir resultados”, afirmou Verruck.
Texto: Ana Brito.
Foto: Assessoria de Comunicação Governo MS.